O pau para Oswaldo sempre pareceu algo intrigante, curioso. De tantas – e tantos – formas já havia se encontrado com o seu.
Seguia-se um regra cronológica.Primeiro encontra na coxa: coxa com pau, pra sentir, pra medir. E isso nunca na expectativa que fosse grande, desses ele nunca fez questão. Preferia, sempre, os outros. Depois o encontro era com as costas da mão. O pau, passsando ali, quase como sem querer, sempre levando a mão do outro, sempre sem querer. A troca era necessária, é até uma questão de confiança. Por isso era sexo, o fluxo do desejo tinha de advir dos dois. Pau com pau, guerra de espadas, e essa era a visão que a Oswaldo mais agradava, e depois a sensação que vinha de trás. O cu. O cu é o não-pau, e o pau é o não-cu. O encontro é o sim, razão. Todos os paus.
Certa vez Oswaldo ouviu a expressão “trolha no rabo”. Seja lá o que for trolha, pega bem. Trolha! "Trolha no rabo de Oswaldo! – gritam as multidões." Daria uma ótima cena de filme.
A questão das bucetas..., Como seria em seu corpo uma buceta? Uma buceta de fato, não essas vendidas nas revistas – rosas e carecas. Uma Buceta Peluda. O mito da buceta baseava não no o que ela é. Mas em um de seus produtos: gente. Sai sangue e explode humanidades. Abraçar a barriga de uma grávida é abraçar o mundo, ou o nada.
Mas sai também gozo, o vapor esquenta e a racha mela. Talvez por isso sempre preferiu, quando criança, abraçar aos postes de concreto no fim da tarde, quentes, ásperos e secos. Como paus.
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