quarta-feira, 7 de abril de 2010
Desce o sangue.
Carol ferve. Seu sangue não desce, nunca desceu. Hormônios em cápsulas coloridas carregam sua feminilidade preta. As cápsulas liberam seu corpo da jaula; talvez liberar não seja a palavra certa, transformar, isso, Carol é uma transformação de si mesma. AS cápsulas, que Carol toma religiosamente, todos os dias, transformam sua antiga jaula. Jaula vira templo. Jaula e templo coexistindo em um mesmo ser.Seu corpo foi construído de silicone. O silicone é seu sexo. E seu sexo não faz um bom sexo.Carol ferve e o sangue nunca desce.Carol nasceu aos 17 anos. Hoje é filha apenas de pai, a mãe é mãe de viado; felizmente separados.Carol fervia, arrasava na roupa colada, na Elke na cara. Sobreviveu a monstruosidades na infância e na adolescência, que comemorava o fim, naquela noite, com @s amig@s. Comemorava não apenas o fim da adolescência legal, mas também o pagamento da última parcela da cirurgia.Fim dos seventeen (but now very sweet ),da parcela do silicone e de CarolAndando na rua, céu de cor azul-cinco-da-manhã. Um som de motor, um grito, um corpo. Um corpo e mais um silicone sujo de sangue em frente à boate dos baitolas.
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